Bem vindos a mais uma hora do chá, hoje falaremos de volta no tempo, bruxas poderosas, protagonistas que deixam a desejar e um mundo maravilhoso, hoje falaremos de Re:Zero. Re:Zero nos conta a história do jovem Subaru, um garoto que nunca fez nada de importante em sua vida e de repente se encontra num novo mundo, sem saber como ou porquê. Ele decide levar aquilo como uma nova aventura e aproveitar ao máximo os acontecimentos clichês que normalmente acontecem nessa situação. Mas pra ele as coisas não irão tão bem, já que ele aparentemente não tem nenhum poder especial, e precisa ser salvo de alguns ladrões que o abordam por Emilia, uma elfa linda de cabelos prateados e seu pequeno espirito companheiro chamado Puck. Subaru se apaixona intensamente por Emilia após o acontecido e decide ir atrás dela e ajuda-la com sua missão de encontrar uma joia roubada, mas acaba numa situação perigosa e mortal onde ele morre. A partir deste momento o garoto retorna ao momento que chegou no mundo como um checkpoint em jogos, e vai descobrindo aos poucos que tem o poder de voltar no tempo quando ele morre, e que não pode contar isso para ninguém.
Re:Zero é um mundo bem construído e expandido lentamente, sendo mostrado pela vida do protagonista que esta sempre seguindo a jovem elfa e acaba recebendo o favor de viver em sua mansão como agradecimento por ter ajudado a salvá-la de uma situação delicada após ter voltado no tempo. Subaru é de longe um dos melhores protagonistas que você verá, apesar de ao redor dele sempre vermos personagens cativantes, com diversos tipos de personalidade e ideologia. Na primeira temporada do anime vemos um arco de reconstrução de personagem, que em certo momento usa e abusa de traumas e acontecimentos chocantes que fazem Subaru mostrar seu pior lado e provar diversas situações brutais. O anime facilmente se sustenta com personagens secundários como a dupla de irmãs e empregadas meio demônio Rem e Ram que são bem presentes na maior parte da temporada, as princesas apresentadas no meio da trama e cavaleiros extremamente poderosos como Reinhart. Até mesmo vilões carismáticos e bem caricatos são chamativos nesse anime. E apesar de muitos choques e uma constante montanha russa de sentimentos a partir da metade da temporada somos agraciados com um final muito bem dirigido, seja em fotográfica, trilha sonora ou animação, além de uma comprovada e confiante melhora no protagonista da obra.
Re:Zero está longe de ser um anime de batalhas, ou com um protagonista superpoderoso e bonzinho, mas trás um universo aconchegante, possibilidades e reconstruções de cenas bem pensadas e delicadas, uma constante mudança e entrega de novos arcos, e caso algumas coisas fiquem a desejar, logo serão mais bem trabalhadas com o lançamento da segunda temporada no meio de 2020. E por essas coisas e muito mais que essa obra amada ou odiada, querida ou mal interpretada ganhou seu lugar na hora do chá. Vejam, ou conte-nos suas experiências, se encantem, amem, odeiem, enlouqueçam! E até a próxima bando de loucos.
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